A Divisão de População do Departamento da Organização das Nações Unidas (ONU) de Assuntos Econômicos e Sociais espera que o crescimento populacional deva aumentar a produção de alimentos em aproximadamente 70% até 2050, a fim de atender a demanda global. A população mundial deve atingir a marca de 9,7 bilhões de pessoas, cerca de 2 bilhões a mais que os dias atuais.
Para Pedro Afonso, Técnico de Desenvolvimento de Mercado na BRANDT do Brasil -- empresa de inovação tecnológica focada em fisiologia vegetal e tecnologia da aplicação -- trata-se de uma expansão de grandes proporções e “são necessários processos que visam o melhor aproveitamento da lavoura, que otimizem os métodos de manejo para o aumento produtivo gradual, tanto na produção de grãos, frutas, hortaliças, carne, leite, ovos, fibras e madeiras”. Pedro comenta que “as exigências do mercado por qualidade, competitividade, sustentabilidade e produção são demandas que precisam de atenção para não ocorrer imprevistos”.
Recentemente, um estudo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) indicou que o uso de tecnologias digitais no agronegócio é uma demanda crescente e isso pode ajudar a aumentar a produção. De acordo com o levantamento, 67,1% dos entrevistados entendem a importância desses recursos para a coleta e armazenamento de informações, além de atividades da propriedade rural.
Para Afonso, o upgrade de tecnologia no campo teve grande destaque com a intensificação da safrinha no Brasil, que está refletindo cada vez mais, ano a ano, no ambiente produtivo e econômico nacional. Ele explica que “a evolução no manejo tem relação direta com a agricultura digital, especialmente no que diz respeito à maior facilidade para os líderes, empresários, gestores e agricultores acompanharem todas as informações da atividade, além de coletarem dados e planejarem as atividades mais relevantes para o dia a dia”.