03/08/2021 - FAESP encaminha ofícios ao Ministério da Agricultura e à Secretaria de Agricultura de São Paulo solicitando linhas emergenciais de custeio e prorrogação de dívidas, essenciais ao setor.
Fonte: FAESP/SENAR SP
Atenta aos desdobramentos das recentes frentes frias no Estado de São Paulo, sobretudo aos efeitos extremos das geadas na produção agropecuária, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP), Fábio de Salles Meirelles, encaminhou ofícios à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA-SP) e ao Ministério da Agricultura e Agropecuária (MAPA), solicitando medidas que possam atenuar os prejuízos que os produtores sofreram até o momento, mas cujas perdas poderão se acentuar quando a real dimensão vier a ser mensurada.
No ofício endereçado ao secretário da Agricultura, Itamar Borges, na última quinta-feira (28/07), a FAESP solicitou a prorrogação das parcelas dos financiamentos vigentes com recursos do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (FEAP), com a transferência de prestações a vencer para um ano após a última parcela prevista em contrato. Também sugeriu a criação de linha de crédito emergencial, com recursos do FEAP, para recuperação da estrutura produtiva e manutenção das atividades agropecuárias atingidas pela geada.
A FAESP solicitou, ainda, que a Secretaria interceda pelos produtores junto às instituições financeiras no sentido de terem maior disposição para atender aos pedidos de prorrogação de contratos já firmados. Por fim, pede o aval da FEAP para interceder junto às instituições financeiras no sentido de facilitar novos pedidos de obtenção de crédito ou rever contratos vigentes. Reforçando esse comunicado à SAA-SP, a FAESP também encaminhou ofício à Ministra Tereza Cristina, do MAPA, no qual solicita sua interveniência para sensibilizar as instituições financeiras a fim de que tenham especial atenção com os pedidos de prorrogação de contratos que venham a ser feitos pelos produtores paulistas.
Os levantamentos preliminares realizados pela FAESP e Sindicatos filiados mostram que as perdas, quando devidamente totalizadas, serão enormes. Os danos atingiram várias cadeias produtivas, especialmente no café, cana, citros, grãos (milho, trigo e outros grãos irrigados), frutas, hortaliças e pastagens. Algumas regiões reportam perdas médias de 10% a 20% em alguns cultivos, mas essa estatística agrega perdas de até 100% de alguns produtores, que terão sua fonte de renda completamente comprometida. Algumas lavouras só poderão recuperar o potencial produtivo em dois ou três anos.