De acordo com informações divulgadas pela Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, a produção de alimentos no País vive seu melhor momento em quase uma década. De janeiro a maio deste ano foram geradas 113.247 vagas com carteira assinada.
Na análise de todos os setores, o número de vagas formais no acumulado de janeiro a maio de 2021 alcançou 1.233.372. Cabe destacar, no entanto, que há um alto índice de perda líquida de vagas. Com as recentes contratações, apenas o setor agropecuário registra saldo líquido positivo de emprego, com 25.583 novos postos de trabalho, ou seja, ao contrário dos demais, não apenas recuperou as perdas de 2020, como avançou nas contratações.
Considerando apenas o setor agropecuário na região sudeste, São Paulo foi o estado com maior geração de empregos em maio, com criação de 32.675 novas vagas. Na sequência vêm Minas Gerais (3.024), Rio de Janeiro (2.003) e Espírito Santo (1.418).
"O resultado geral da geração de empregos no Brasil é satisfatório, traz fortes indícios de que o segundo semestre será de retomada mais forte na economia. Na agropecuária temos mais um indicador de que o setor tem um dinamismo próprio, baseado na competitividade das nossas cadeias exportadoras", avalia Tirso Meirelles, vice-presidente da FAESP.
As atividades agropecuárias - aqui considerando o País como um todo - que mais contribuíram para o bom resultado de maio foram: cultivo de café (13.644 vagas), cultivo de laranja (9.090), cultivo de cana-de-açúcar (4.148), criação de bovinos para corte (3.885), serviço de preparação de terreno, cultivo e colheita (3.759).
"Há uma sazonalidade nas contratações, principalmente em função dos períodos de colheita de cana, café e laranja. Mas o Estado de São Paulo respondeu por 77% do saldo líquido de contratações/desligamentos, é um resultado forte que revela o peso da agropecuária paulista no cenário nacional", finaliza Meirelles.
