CNA e Comissões de hortaliças e fruticultura da FAESP reforçam importância da rastreabilidade vegetal.
03/07/2023 - Em reunião durante a Hortitec, em Holambra (SP), foram discutidos os desafios e benefícios vivenciados pelos elos de produção e distribuição de frutas e hortaliças.
Fonte: Sistema FAESP/SENAR
A Comissão Nacional de Hortaliças e Flores da CNA promoveu um encontro com representantes das Federações Estaduais de Agricultura e Pecuária para debater assuntos relevantes para o setor. Integrantes das Comissões Técnicas de Hortaliças, Flores e Orgânicos e de Fruticultura da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP) participaram do evento, que ocorreu durante a 28ª
Exposição Técnica de Horticultura, Cultivo Protegido e Culturas Intensivas (Hortitec), em Holambra (SP). A principal pauta foi a apresentação dos resultados do estudo de rastreabilidade vegetal que a CNA conduziu, e que teve a contribuição da FAESP e dos sindicatos rurais paulistas na divulgação e apoio no preenchimento do questionário pelos produtores paulistas.
O Vice-Presidente da FAESP, Tirso Meirelles, participou da abertura e ressaltou que a Federação, junto com o SENAR-SP, Sindicatos e CNA, tem atuado continuamente para a capacitação e orientação dos produtores rurais. “Por meio da adoção das boas práticas agrícolas e dos registros de controle da produção nas propriedades rurais reforçamos cada vez mais a importância da rastreabilidade como ferramenta de agregação de valor, produtividade, qualidade, transparência e segurança à cadeia produtiva dos produtos hortifrutícolas”, ressaltou Meirelles.
Durante a reunião, a partir das informações do estudo da CNA sobre a rastreabilidade, foram abordados os desafios que o produtor ainda encontra e as possíveis ações a serem adotadas, em conjunto com todos os elos da cadeia produtiva, para que um número cada vez maior de produtores de frutas e hortaliças consiga efetivamente cumprir com todas as regras de rastreabilidade vegetal, em conformidade com a Instrução Normativa Conjunta MAPA/ANVISA nº 02/18.
Os integrantes das Comissões da FAESP compartilharam experiências do que o produtor paulista tem vivenciado no dia a dia no campo, com a percepção de que a implantação da rastreabilidade tem evoluído, com destaque para o curso do SENAR-SP capacitando os produtores rurais sobre o tema, principalmente quanto a maior adoção do caderno de campo para registro das práticas de manejo e insumos utilizados – um dos itens mais importantes no processo da rastreabilidade vegetal – todavia, não o único exigido, o que demonstra que ainda há muito a se trabalhar a respeito.
Para Gildo Takeo Saito, Coordenador da Comissão de Hortaliças, Flores e Orgânicos da FAESP, muitos produtores paulistas ainda não dominam o tema da rastreabilidade, seja por dificuldades técnicas, operacionais ou financeiras. “A atuação da FAESP, por meio das Comissões Técnicas e do SENAR-SP, dando capacitação, tem sido essencial para que, no Estado de São Paulo, o produtor de frutas e hortaliças adote um modelo de caderno de campo que atenda suas necessidades e tenha viabilidade operacional. Com isso, ele passa a dispor de uma ferramenta para comprovar que está usando de forma correta todos os defensivos e que também o auxilia a ter um melhor controle de sua produção”, apontou Saito. E finalizou “a rastreabilidade só traz vantagens ao produtor que passa a gerenciar melhor seu negócio e a ter uma maior proximidade com o consumidor, além da possibilidade de criar marcas próprias e fidelização, a partir do momento que produz e vende alimentos com identificação da origem, qualidade e segurança”.